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Quando decidi mudar-me do meu apartamento para aquilo que só pode ser descrito como uma caixa de sapatos com canalização, percebi que tinha mais coisas do que espaço. Caixas por todo o lado. Caixas grandes, caixas pequenas e algumas tão misteriosas que pareciam ter sido embaladas por um “eu” que claramente já tinha desistido de mim.

Precisava urgentemente de espaço. E não era daquele com extraterrestres e cometas — era mesmo self storage.

Foi assim que descobri a KUBOO Self-Storage no Seixal. Escolhi este armazém porque, sinceramente, parecia mais um hotel 5 estrelas para tralha. Tudo super limpo, bem iluminado, com um ambiente seguro e acolhedor. O pessoal da receção é daqueles com quem se pode conversar durante horas — simpáticos, prestáveis e sempre com uma dica útil. E para quem, como eu, já se perde com um simples GPS, a localização facilitou imenso: zona de fácil acesso, sem stress. É mesmo daqueles espaços que até dá gosto usar.

Na hora da mudança, chamei a equipa de movers, enfiei a vida em caixas, e lá fui eu com a casa às costas. Disse-lhes para empilharem tudo com cuidado — tipo Tetris em modo profissional. Ficou mais um “Jenga com problemas de confiança”, mas pronto. Quase fui atropelado por uma torre de caixas cheia de “coisas que um dia posso usar”… ou não.

Agora visito o storage regularmente. Às vezes para procurar algo, outras vezes só para ter um momento zen entre as minhas coisas. Já encontrei um casaco no meio do guarda-roupa que achava perdido para sempre e até uma torradeira com quem tinha perdido o contacto. Um verdadeiro reencontro de velhos eletrodomésticos.

A verdade é que, com a KUBOO, ganhei mais do que espaço — ganhei paz de espírito e um sítio onde posso guardar tudo o que não cabe na vida, mas ainda não estou pronto para deixar ir. E se alguém perguntar, não sou acumulador, estou só numa relação séria com as minhas caixas… e toda a bagagem emocional que vem com elas.